Políticas migratórias e seus contextos
Políticas migratórias e seus contextos
• Analisar
e caracterizar as dinâmicas populacionais, com destaque para a
mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de eventos
políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais, para compreendê-las
de maneira crítica na atualidade.
Xenofobia: é
o termo usado para descrever o medo, a aversão, a hostilidade ou o preconceito
em relação a pessoas ou coisas estrangeiras, ou seja, aquilo que é diferente do
próprio grupo étnico, nacional, cultural ou religioso. Isso pode incluir
sentimentos de superioridade em relação à própria cultura ou nação e um desejo
de manter a pureza cultural ou étnica. A xenofobia pode se manifestar em
diferentes formas, como discriminação, insultos, violência, ostracismo e
exclusão social. É uma atitude considerada prejudicial e injusta, pois impede a
convivência pacífica e a valorização da diversidade cultural.
A lei no
581, de 4 de setembro de 1850, conhecida como Lei Eusébio de Queirós,
estabeleceu medidas para a repressão do tráfico de africanos no Império. Sua
promulgação está relacionada, sobretudo, com as pressões britânicas sobre o
governo brasileiro para a extinção da escravidão no país.
Já no Governo
Vargas (1930-1945), segundo a historiadora Roberta Jansen, as políticas de
migração foram mais seletivas e se caracterizam por serem discriminatórias. Num
primeiro momento, a entrada de imigrantes era vista como positiva, sobretudo
num contexto racista de embranquecimento da população de maioria negra. Isso
mudou com o passar do tempo.
Logo depois de
assumir o poder, em 1930, Getúlio Vargas baixou um decreto limitando a entrada
de estrangeiros no Brasil. O decreto estabelecia ainda que no mínimo dois
terços dos postos de trabalho deveriam ser ocupados por brasileiros. A manobra
era parte da política nacionalista de Vargas e de sua busca pelo apoio dos
trabalhadores.
Com sua
política nacionalista, Vargas adotou o discurso de proteção aos trabalhadores,
explica a historiadora.
Nessa busca de
aproximação com os trabalhadores, um dos argumentos que usou foi o da presença
nociva de estrangeiros, a concorrência do trabalho estrangeiro. Com isso, ele
deslocou o foco dos conflitos sociais da época, apresentando a crise, o
desemprego, como uma consequência mais da imigração não controlada, da
preferência pelo trabalho estrangeiro, do que dos conflitos que realmente
existiam.
Com o início do
Estado Novo, em 1937, e a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, a
despeito de sua identificação com muitas das políticas nacionalistas, Vargas se
posicionou junto aos Aliados. Com isso, as colônias de estrangeiros egressos
dos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) passaram a ser ainda mais
reprimidas. A imprensa e o ensino em língua estrangeira, por exemplo, foram
muito restritos, bem como as associações mantidas pelos imigrantes.
Nesse contexto,
nomes de ruas e logradouros públicos de origem estrangeira foram trocados por
denominações nacionais. Foi criada ainda uma lei que autorizava a demissão
sumária de estrangeiros que fossem considerados uma ameaça à segurança
nacional. Temia-se a espionagem.
Durante o
período da ditadura militar no Brasil, entre 1964 e 1985, foram adotadas
medidas bastante restritivas em relação à imigração. Em 1967, foi promulgada
uma nova lei de imigração que estabeleceu regras ainda mais rigorosas para a
entrada de estrangeiros no país. A partir dessa lei, os imigrantes só poderiam
entrar no Brasil com autorização expressa do governo, e o número de
autorizações concedidas era limitado.
O
preconceito e o racismo podem ter graves consequências para indivíduos,
comunidades e sociedades como um todo. Alguns exemplos incluem:
Discriminação:
o preconceito e o racismo podem levar à discriminação, fazendo as pessoas serem
tratadas de maneira injusta ou desigual por causa de sua raça ou etnia. Isso
pode afetar o acesso a empregos, moradia, educação e serviços de saúde.
Baixa
autoestima: o preconceito e o racismo podem afetar a autoestima e a
autoimagem de indivíduos que são alvos dessas atitudes. Isso pode levar a
sentimentos de inadequação e desvalorização.
Violência:
o preconceito e o racismo podem levar a atos de violência física e emocional,
como agressões verbais ou físicas, intimidação e assédio.
Desigualdade:
o preconceito e o racismo podem contribuir para desigualdades sociais e
econômicas, como a falta de representação e oportunidades para pessoas de
determinadas raças ou etnias.
Tensão
social: o preconceito e o racismo podem criar tensão e conflitos entre
grupos de diferentes raças ou etnias, levando a um clima de hostilidade e
divisão. Essas são apenas algumas das consequências do preconceito e do
racismo. É importante combater essas atitudes e promover a inclusão e a
igualdade para todos.
Políticas
públicas/diferentes contextos
As políticas
públicas são elaboradas em diferentes contextos, que variam de acordo com o
país, o sistema político, as demandas sociais e econômicas, entre outros
fatores. No entanto, algumas das principais situações que levam à elaboração de
políticas públicas incluem:
Problemas ou
desafios sociais: as políticas públicas geralmente são elaboradas para
lidar com problemas ou desafios sociais, como pobreza, desigualdade, exclusão
social, violência, mudanças climáticas, entre outros.
Demandas da
sociedade civil: a sociedade civil pode pressionar o governo para elaborar
políticas públicas que atendam às suas demandas e necessidades. Essas demandas
podem surgir a partir de movimentos sociais, grupos de interesse, organizações
da sociedade civil, entre outros.
Pressões
externas: as políticas públicas também podem ser elaboradas em resposta a
pressões externas, como demandas de organizações internacionais, acordos
comerciais, normas e padrões internacionais, entre outros.
Em geral, as
políticas públicas são elaboradas em um processo que envolve a identificação do
problema, a formulação, a implementação e a avaliação dos resultados. Esse
processo pode ser influenciado e afetado por diferentes atores e interesses.
Comentários
Postar um comentário